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Tratamento de tumores musculoesqueléticos benignos: Conheça as opções

Postado em: 02/09/2024

Tratamento de tumores musculoesqueléticos benignos Conheça as opções

A maioria dos Tumores Musculoesqueléticos é benigna (não cancerosa). Esses tumores costumam causar dor persistente, que não melhora com o tempo, e geralmente afeta pessoas mais jovens.

Alguns tumores ósseos benignos podem precisar de tratamento para evitar que destruam o osso. As abordagens são variadas – desde uma simples observação até a cirurgia para remover o tumor. 

Quer saber mais sobre os tratamentos mais eficazes para tratar esses tumores? Continue lendo e descubra como proteger sua saúde!

O que são tumores musculoesqueléticos benignos?

Tumores ósseos benignos são formações que, normalmente, não se espalham para outras partes do corpo. Eles se desenvolvem quando as células ósseas começam a se multiplicar de forma descontrolada, criando uma massa ou caroço. 

Ainda que nem sempre seja possível determinar o motivo pelo qual isso acontece, esses tumores podem aparecer em qualquer osso do corpo, sendo mais comuns em ossos maiores, como o fêmur, a tíbia, o úmero, a pelve, a coluna e as costelas.

Em alguns casos, certos tipos de tumores são mais prevalentes em áreas específicas, como na coluna ou perto das placas de crescimento dos quadris, joelhos ou ombros.

Sintomas de tumores musculoesqueléticos benignos

Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Um inchaço ou caroço visível;
  • Dor, que pode ser intensa e persistente, muitas vezes piorando mesmo em repouso;
  • Fraturas ou quebras de ossos, provocadas por ossos enfraquecidos devido ao crescimento do tumor.

Na maioria das vezes, esses tumores são assintomáticos e acabam sendo descobertos por acaso, através de radiografias feitas por outros motivos.

Tipos de tumores musculoesqueléticos benignos

Existem vários tipos de tumores ósseos benignos. Vou mencionar os mais comuns:

  • Encondroma: esse tumor se origina na cartilagem e é encontrado dentro do osso, no espaço da medula;
  • Osteocondroma: composto de cartilagem e osso, pode crescer enquanto o esqueleto ainda está em desenvolvimento. Cresce fora do osso;
  • Fibroma não ossificante:  o tumor ósseo mais prevalente em crianças, muitas vezes desaparece sozinho. Descoberto, geralmente, por acaso em radiografias;
  • Condroblastoma:  é um tumor que, em grande parte dos casos, precisa ser removido cirurgicamente, pois seu crescimento afeta as articulações próximas, comprometendo a mobilidade. É mais recorrente em crianças e pode provocar dores intensas;
  • Osteoma osteoide: afeta ossos longos e é mais comum em homens. A dor à noite é frequente e pode ser aliviada com medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs).
  • Osteoblastoma: mais recorrente em homens, o tratamento quase sempre envolve cirurgia.
  • Condroma periosteal: localizado na superfície do osso, também costuma ser tratado cirurgicamente.
  • Tumor de células gigantes: cresce de maneira agressiva e é um pouco mais comum em mulheres. O tratamento envolve cirurgia.
  • Fibroma condromixoide: tumor raro que se desenvolve na medula óssea. O tratamento é cirúrgico.
  • Cisto ósseo aneurismático: pode crescer bastante. O tratamento envolve injeções repetidas de medicamentos de escleroterapia ou cirurgia.
  • Cistos ósseos unicameral: encontrados normalmente perto de placas de crescimento e descobertos após fraturas. O tratamento envolve cirurgia com enxerto ósseo ou escleroterapia.
  • Displasia fibrosa: apresenta-se como um ou múltiplos tumores ósseos. A cirurgia é indicada somente se o tumor enfraquecer o osso.

Gestão e tratamento de tumores musculoesqueléticos benignos

Não existe um único tratamento para tumores ósseos benignos. A melhor abordagem depende de fatores como o tipo específico do tumor, seu tamanho, localização e o impacto que ele tem na resistência do osso. Cada caso é único, e a estratégia de tratamento deve ser personalizada.

Em muitos casos, podemos optar por uma abordagem de observação – apenas monitorando o tumor para verificar se há mudanças ao longo do tempo. Em outras situações, pode ser necessário o uso de medicações, exames de imagem especializados, uma biópsia ou até mesmo a remoção cirúrgica do tumor. 

A maioria dos tumores benignos responde bem à cirurgia, com baixas chances de recorrência, geralmente inferiores a 5%.

Quais procedimentos tratam tumores musculoesqueléticos benignos?

O tratamento cirúrgico de tumores ósseos benignos envolve a remoção do tumor e a promoção do crescimento de novo osso saudável no local afetado. O cirurgião deve se esforçar para remover o tumor com o mínimo de trauma possível ao tecido ósseo normal ao redor.

Além disso, é fundamental que o cirurgião tenha experiência em realizar a estabilização do osso, utilizando tecnologia ortopédica e enxertos ósseos, quando necessário. Essa combinação de técnicas permite que, especialmente pacientes jovens, retornem a uma vida ativa após o tratamento.

Para certos tumores ósseos, existem tratamentos menos invasivos disponíveis. O tratamento do osteoma osteoide, por exemplo, pode ser feito através de ablação por radiofrequência ou necrose térmica, procedimentos que requerem anestesia e são conduzidos por equipe multidisciplinar, incluindo cirurgiões ortopédicos e radiologistas.

No caso dos cistos ósseos aneurismáticos, é possível utilizar injeções repetidas de doxiciclina, um medicamento que, em muitos casos, resolve o problema sem a necessidade de uma cirurgia aberta.

Cada abordagem é escolhida com base nas características do tumor e nas necessidades individuais do paciente, sempre buscando a recuperação plena e a qualidade de vida.

Se você ou alguém que conhece está enfrentando um tumor ósseo ou outra condição musculoesquelética, não deixe de buscar orientação especializada. Estou à disposição para esclarecer suas dúvidas e oferecer o tratamento mais adequado. Agende hoje mesmo sua consulta e vamos juntos cuidar da sua saúde!

Dr. André Ferrari
Oncologia Ortopédica
CRM-SP: 124.892 | RQE: 68.641 

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