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O que são displasias e quais são os tipos mais comuns?

Postado em: 14/06/2024

O que são displasias e quais são os tipos mais comuns?

Displasia é um termo médico que se refere a uma alteração no desenvolvimento de tecidos ou órgãos, geralmente decorrente de um crescimento celular desordenado ou irregular. 

Esse fenômeno pode manifestar-se em diversas partes do corpo, inclusive nos ossos.

Em minha experiência como ortopedista oncológico, lido frequentemente com casos de displasia óssea, que podem variar consideravelmente em gravidade e consequências.

Hoje vou trazer mais detalhes sobre essa condição, então convido você a continuar a leitura para saber mais. Podemos começar?

Classificação das displasias

As displasias são classificadas em leves, moderadas ou graves, dependendo da intensidade da alteração observada. 

Uma das preocupações principais é que, em alguns casos, a “Displasia” pode progredir para uma lesão pré-cancerígena, ou seja, há um potencial de evolução para tumor se a condição não for tratada de forma adequada.

Entendendo a displasia óssea

A displasia óssea é particularmente significativa em minha prática. Ela afeta o desenvolvimento e o crescimento dos ossos, podendo começar de forma assintomática, mas aos poucos tendo o potencial de resultar em deformidades, fragilidade óssea, fraturas frequentes e dor crônica. 

Essa condição pode manifestar-se em qualquer fase da vida, desde o período fetal até a idade adulta, e pode ser desencadeada por uma variedade de fatores, incluindo mutações genéticas, influências ambientais ou deficiências nutricionais durante o desenvolvimento fetal.

Principais tipos de displasia óssea

Entre os vários tipos de displasia óssea com os quais trabalho, alguns são particularmente comuns:

  1. Displasia fibrosa: Esta condição benigna envolve a substituição do tecido ósseo por tecido fibroso. Em casos mais leves, pode não haver graves desconfortos, mas em situações mais graves, quando múltiplos ossos são afetados, pode causar dor significativa, deformidades e fraturas, especialmente em regiões como o fêmur e o quadril.
  2. Displasia osteogênica imperfeita: Conhecida também como doença genética rara que afeta a produção de colágeno, esta condição é frequentemente referida como uma forma comum de osteoporose hereditária, resultando em ossos extremamente frágeis e suscetíveis a fraturas.
  3. Displasia espondiloepifisária congênita: Esta forma de nanismo é caracterizada por troncos curtos, epífises anormais e corpos vertebrais achatados. As manifestações são evidentes desde o nascimento e podem incluir complicações como miopia e degeneração da retina.
  4. Displasia cleidocraniana: Esta é uma malformação genética e hereditária que afeta o desenvolvimento ósseo do crânio, clavícula e dentes.
  5. Displasia esquelética: Este é um grupo de doenças genéticas que impactam o desenvolvimento do esqueleto. Causadas por mutações genéticas que afetam a formação e o crescimento dos ossos, cartilagens e outros tecidos esqueléticos, estas condições podem resultar em baixa estatura, crescimento anormal dos ossos, deformidades ósseas como encurvamentos da coluna vertebral, joelhos tortos e pés chatos, além de fraturas frequentes e possíveis deficiências auditivas ou visuais.

O diagnóstico das displasias nos ossos começa com uma avaliação clínica detalhada, onde ouço atentamente os relatos dos pacientes sobre seus sintomas e realizo um exame físico minucioso. 

A confirmação diagnóstica frequentemente necessita de exames de imagem, como radiografias, tomografias computadorizadas ou ressonâncias magnéticas, que fornecem imagens detalhadas das anomalias ósseas. 

Em casos onde uma predisposição genética pode ser um fator, exames genéticos são imprescindíveis para determinar a natureza exata da displasia e orientar as opções de tratamento.

Compreendendo o tratamento da displasia óssea

O tratamento de uma displasia óssea é altamente personalizado, baseado no tipo específico de displasia e sua gravidade. Ele pode incluir:

  • Acompanhamento regular: Essencial para monitorar a evolução da doença e identificar precocemente qualquer complicação. Este acompanhamento permite ajustes proativos no plano de tratamento para melhor gerenciar a condição.
  • Fisioterapia: Uma parte crucial do tratamento, envolvendo exercícios e terapias específicas para fortalecer os músculos, aumentar a mobilidade e melhorar a postura. A fisioterapia ajuda não apenas a aliviar os sintomas, mas também a maximizar a funcionalidade dos pacientes.
  • Uso de aparelhos ortopédicos: Órteses, coletes e calçados especiais são usados para corrigir deformidades ósseas, apoiar áreas afetadas, melhorar a postura e prevenir futuras fraturas. Estes dispositivos são personalizados para cada paciente, garantindo que sejam tão eficazes quanto confortáveis.
  • Medicação: Analgésicos e anti-inflamatórios são frequentemente prescritos para gerenciar a dor e a inflamação, proporcionando alívio significativo dos sintomas.
  • Cirurgia: Em casos mais graves, intervenções cirúrgicas podem ser indicadas para corrigir deformidades ósseas significativas ou para remover tumores ósseos. A cirurgia é considerada quando outras modalidades de tratamento não são suficientes para aliviar os sintomas ou prevenir a progressão da doença.

As estratégias necessárias são integradas num plano de tratamento abrangente, visando melhorar a qualidade de vida dos pacientes enquanto gerenciamos suas condições de forma eficaz.

É importante buscar ajuda de um especialista em oncologia ortopédica para receber um tratamento adequado e personalizado. Se você está enfrentando algum dos sintomas descritos ou tem preocupações relacionadas à displasia, não hesite em buscar ajuda!

Espero que as informações tenham sido úteis na compreensão dessa condição. Entre em contato pelo WhatsApp para mais informações sobre o meu trabalho!

Dr. André Ferrari de França Camargo
Oncologia Ortopédica
CRM 124.892 | RQE 68641 

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